Dois dias após o término da Copa do Mundo da África do Sul, a cidade de Manaus começou a demolição do estádio Vivaldo Lima cumprindo uma nova fase da obra de construção da Arena da Amazônia, o estádio que sediará os jogos da Copa de 2014.
Em março deste ano, o Vivaldão começou a ter sua estrutura metálica desmontada, bem como a retirada de cadeiras e acessórios reutilizáveis, mas a demolição da estrutura de concreto só foi liberada na última sexta-feira com a ordem de serviço do governo do estado.
Todo o material foi reaproveitado e enviado para municípios do interior do Estado. "Agora, começamos para valer a respirar a Copa de 2014. E é importante que não percamos nenhum prazo para que, no final de dezembro de 2012, estejamos com esta arena pronta já para realização da Copa das Confederações para a qual Manaus é candidatíssima a sediar", disse o secretário de esportes do Amazonas, Júlio César Soares.
Desde o início da manhã desta terça-feira, máquinas retroescavadeiras estão demolindo a estrutura de bares, banheiros e coberturas de concreto do estádio. Em poucas horas de trabalho, mais da metade do trabalho já tinha sido concluído, transformando boa parte do estádio, que completou 40 anos de inauguração, em escombros.
O secretário de esportes informou ainda que até dezembro deste ano estejam completadas duas fases importantes da obra. "Nós torcemos para que o verão seja bem rigoroso, com o sol nos ajudando para que, até dezembro, estejamos com toda a estrutura do estádio demolida e com as obras de fundações estejam iniciadas", disse Júlio Soares.
Na parte do campo, o nível do gramado também está sendo rebaixado - Uma exigência da FIFA para atingir o ângulo de visibilidade do torcedor em relação ao campo.
O projeto da Arena da Amazônia foi apresentado como uma obra ecológica, onde cerca de 95% do concreto usado virá da reciclagem da própria demolição do antigo estádio. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra, anunciou que vai instalar uma mini-usina para reciclagem do material, tanto concreto quanto argila, que serão retirados durante a fase de demolição.
Depois de construída, a Arena está projetada para ter capacidade de 47 mil espectadores. A estrutura prevê ainda a instalação de restaurantes, camarotes, além de estacionamentos subterrâneos e uma cobertura em forma de um paneiro, espécie de cesto usado pelos índios da região.
A obra está orçada em cerca de R$ 500 milhões, dinheiro que virá, na sua maior parte por intermédio de financiamento do BNDES. O processo ainda não foi aprovado pelo órgão, mas foi o primeiro a ser apresentado entre os nove destinados a construções das arenas públicas das cidades que sediarão os jogos de 2014 no país.
"A nossa parte já estamos fazendo. Agora, esperamos que o BNDES aprecie o nosso projeto para que possamos garantir a conclusão da obra até dezembro de 2012", concluiu o secretário Júlio César Soares.
Crédito: Arnoldo Santos
Foto: Arnoldo Santos/Especial para Terra
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