23 de jul. de 2010

Começa Demolição do Vivaldão

Dois dias após o término da Copa do Mundo da África do Sul, a cidade de Manaus começou a demolição do estádio Vivaldo Lima cumprindo uma nova fase da obra de construção da Arena da Amazônia, o estádio que sediará os jogos da Copa de 2014.

Em março deste ano, o Vivaldão começou a ter sua estrutura metálica desmontada, bem como a retirada de cadeiras e acessórios reutilizáveis, mas a demolição da estrutura de concreto só foi liberada na última sexta-feira com a ordem de serviço do governo do estado.

Todo o material foi reaproveitado e enviado para municípios do interior do Estado. "Agora, começamos para valer a respirar a Copa de 2014. E é importante que não percamos nenhum prazo para que, no final de dezembro de 2012, estejamos com esta arena pronta já para realização da Copa das Confederações para a qual Manaus é candidatíssima a sediar", disse o secretário de esportes do Amazonas, Júlio César Soares.




Desde o início da manhã desta terça-feira, máquinas retroescavadeiras estão demolindo a estrutura de bares, banheiros e coberturas de concreto do estádio. Em poucas horas de trabalho, mais da metade do trabalho já tinha sido concluído, transformando boa parte do estádio, que completou 40 anos de inauguração, em escombros.

O secretário de esportes informou ainda que até dezembro deste ano estejam completadas duas fases importantes da obra. "Nós torcemos para que o verão seja bem rigoroso, com o sol nos ajudando para que, até dezembro, estejamos com toda a estrutura do estádio demolida e com as obras de fundações estejam iniciadas", disse Júlio Soares.



Na parte do campo, o nível do gramado também está sendo rebaixado - Uma exigência da FIFA para atingir o ângulo de visibilidade do torcedor em relação ao campo.


O projeto da Arena da Amazônia foi apresentado como uma obra ecológica, onde cerca de 95% do concreto usado virá da reciclagem da própria demolição do antigo estádio. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra, anunciou que vai instalar uma mini-usina para reciclagem do material, tanto concreto quanto argila, que serão retirados durante a fase de demolição.

Depois de construída, a Arena está projetada para ter capacidade de 47 mil espectadores. A estrutura prevê ainda a instalação de restaurantes, camarotes, além de estacionamentos subterrâneos e uma cobertura em forma de um paneiro, espécie de cesto usado pelos índios da região.

A obra está orçada em cerca de R$ 500 milhões, dinheiro que virá, na sua maior parte por intermédio de financiamento do BNDES. O processo ainda não foi aprovado pelo órgão, mas foi o primeiro a ser apresentado entre os nove destinados a construções das arenas públicas das cidades que sediarão os jogos de 2014 no país.

"A nossa parte já estamos fazendo. Agora, esperamos que o BNDES aprecie o nosso projeto para que possamos garantir a conclusão da obra até dezembro de 2012", concluiu o secretário Júlio César Soares.









Crédito: Arnoldo Santos
Foto: Arnoldo Santos/Especial para Terra

12 de jul. de 2010

OS DESAFIOS DE MANAUS PARA A COPA DE 2014

Manaus capital do Amazonas fundada em 1669, e que tem o maior centro econômico da Região Norte, é a oitava cidade mais populosa do Brasil. Detém o 7º maior PIB do país, e possui um importante pólo industrial, além do ecoturismo na Amazônia, sendo Manaus um ponto referencial de partida do mesmo.


No século XIX Manaus conheceu o luxo e a prosperidade propiciados pelo chamado Ciclo da Borracha, sendo as principais edificações da época construída, com materiais exclusivamente europeus e em estilos art nouveau e neoclássico, imponentes edifícios como o Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o prédio da Alfândega e o Palácio da Justiça.
Hoje visita obrigatória dos turistas, estes locais fazem parte do patrimônio histórico e arquitetônico da cidade.

ARENA MULTIUSO

Em Manaus, os jogos de futebol eram realizados principalmente no Estádio Vivaldo Lima, o “Vivaldão”, com aproximadamente 43 mil lugares, e no Estádio do Ismael Benigno (do Clube São Raimundo Esporte Clube), com capacidade também aproximada de 16 mil lugares. Para a Copa de 2014, o projeto é o de demolição do VIVALDÃO, e a construção em seu lugar de um novo estádio ou ARENA MULTIUSO. Com uma capacidade estimada em 47 500 assentos e contará com 11 mil vagas de estacionamento, na Arena Multiuso e imediações. A Arena deverá esta concluída até o primeiro semestre de 2013, para atender aos jogos da COPA DAS CONFEDERAÇÕES, que irá ocorrer no início do segundo semestre de 2013.

Retorno Financeiro
A expectativa é que a obra se pague aumento pelo do fluxo do turismo na região, que é o grande objetivo de Manaus com a Copa, assim como, as megas atrações que serão realizadas na ARENA MULTIUSO. Desta forma, governo do Estado alocará recursos próprios para viabilizar a construção.
Infra estrutura para o turismo

Estima-se que os ganhos de visibilidade internacional do Brasil com a ampla cobertura pela mídia da copa se revertam em um aumento do fluxo de turistas para a Amazônia, que é um destino quase obrigatório para a maioria dos turistas estrangeiros que vierem para o Brasil em 2014. E Manaus, base para esse turismo ecológico, usufruirá desse incremento durante e no pós-copa. Manaus conta com cinco bandeiras de hotelaria (Tropical Hotel, Mercure, Novotel e Íbis) e mais cinco hotéis estão sendo construídos. Mesmo que muito do potencial turístico da cidade ainda esteja por ser melhorado e explorado, principalmente para atender ao ecoturismo, o objetivo agora é melhorar a recepção ao turista. Para tanto, a cidade precisará ampliar sua rede hoteleira, melhorar a oferta gastronômica e, principalmente, modernizar os sistemas de mobilidade.
Mobilidade urbana

O principal gargalo na cidade de Manaus, quando se discute infraestrutura, é a mobilidade urbana. A cidade sofre com grandes congestionamentos nas vias de acesso ao centro e a Copa já é vista como uma oportunidade para viabilizar os estudos e projetos para a rápida implantação de sistemas de transportes coletivos de média capacidade, como VLP ou VLT, assim como, o Monotrilho.

Ampliação do aeroporto

O Aeroporto Eduardo Gomes, tem capacidade para atender à demanda atual. Entretanto, o incremento do turismo esperado a partir da Copa de 2014 exigiu um plano de modernização, que já está sendo concebido. A proposta envolve a ampliação e reforma do terminal de passageiros, a ampliação dos pátios e da pista existente e a construção de uma segunda pista de pouso e decolagem.
A estação de passageiros atual tem 43 mil m2 de área, e a área projetada é de 80 mil m2. O valor do investimento para esta obra é da ordem de R$ 192 milhões. Já a ampliação do pátio e pistas do aeroporto deve custar R$ 600 milhões, com prazo de operação em dezembro de 2013.
Desafios: foco no turismo

O principal desafio de Manaus para esta Copa é atender adequadamente – em padrões internacionais – os turistas que virão em 2014 e após o evento esportivo. A construção do novo estádio deve ser equacionada nesse contexto, considerando que o retorno dos investimentos na arena virá do turismo, já a partir de 2013.


A conclusão é que todos os investimentos deverão ser feitos para melhorar e modernizar aspectos da infraestrutura, hotelaria e saúde pública. Outro ponto importante são as ações para conter o desmatamento da Amazônia, talvez a maior ameaça para a estratégia de Manaus em 2014.


Manaus em números


População: 1.709.010 (estimativa IBGE, julho/2008)

Área: 11.401.058 km2

Densidade: 149,9 hab./km2

IDH: 0, 774 (PNUD, 2000)

PIB: R$ 27,2 bilhões (IBGE/2006)










Fonte: Copa2014.org. br