15 de mar. de 2014

VIVALDÃO RESURGINDO DAS CINZAS



Há quatro anos era demolido o antigo estádio Vivaldo Lima o “Vivaldão”, palco de grandes emoções como o jogo inaugural da Seleção Brasileira  “A”  contra a Seleção Amazonense  “A”, 4 x 1 para a Seleção Brasileira (05 de abril de 1970),  o mesmo resultado da Seleção “B” do Brasil contra a Seleção “B” do Amazonas antes da Copa de 70 no México onde a Seleção Brasileira se tornaria TRICAMPEÃ MUNDIAL, com a  melhor Seleção de Todos os tempos, comandada por PELÉ.

A Arena da Amazônia – Vivaldo Lima situada na Avenida Constantino Nery, zona centro-sul de Manaus, orçada em R$ 669,5 milhões de investimento, sendo R$ 400 milhões de financiamento federal, inaugurada no dia 09 de Março de 2014, com o jogo Nacional-AM x Remo-PA, (18:30 , hora local), pelas quartas-de-final da Copa Verde.

A Arena da Amazônia – Vivaldo Lima, recebera quatro jogos da fase de grupos da Copa 2014 da FIFA, Inglaterra x Itália - Honduras x Suíça - Portugal x Estados Unidos e Croácia x Camarões.


A Fachada

Os projetistas da Arena da Amazônia (Empresa Alemã) desenharam o estádio inspirados em um cesto de palha indígena carregado de frutas típicas do Amazonas. A fachada é composta de estruturas metálicas no formato da letra X, que vão diminuindo de tamanho até a cobertura. Os assentos, em variados tons de amarelo, laranja e vermelho, remetem à tradição e à natureza amazônica.

“Temos um grande cesto amazônico, que guarda frutas da região amazônica, representadas por sete cores. Ficou um colorido muito interessante aqui dentro, que dá uma alegria inerente a todo tipo de espetáculo”, afirma Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa). 

A montagem da fachada e da cobertura da Arena da Amazônia, que dão forma ao “cesto indígena”, foi uma das etapas mais complexas. Os módulos em X foram fabricados em Portugal e transportados por navios até o porto de Manaus. Juntos, pesam sete mil toneladas. Foram necessários três embarques, entre março e outubro de 2013, desde o porto de Aveiro (Portugal) até o de Chibatão (Manaus), para completar todo o carregamento. Cada navio levou, em média, 15 dias de viagem entre a Europa e o Brasil.

Para levar as peças do porto ao canteiro de obras em Manaus foram utilizadas 70 carretas. O fechamento da estrutura metálica foi feito com 252 painéis de membrana confeccionada em teflon e fibra de vidro, garantindo durabilidade, resistência inclusive ao fogo, reflexão da luz solar e translucidez ao material, ela  poupará o público do calor e servirá para aproveitamento da luz solar. O sistema de irrigação do gramado também será responsável pelo reaproveitamento da água da chuva.

A Inauguração


Foram colocados a disposição do público 20 mil ingressos para este jogo teste inaugural, sendo 13 mil para o público em geral, com os valores entre R$ 50,00 e R$ 100,00 reais e 7mil foram doados aos funcionários que trabalharam na obra e seus parentes. A estrutura, construída para substituir o estádio Vivaldo Lima (Vivaldão) tem capacidade para 44.310 mil pessoas. A área total construída é de 83,5 mil m².

O governador do Amazonas Omar Aziz junto e o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto descerraram a placa inaugural, entre as autoridades presentes estavam também, o Ministro dos Esportes Aldo Rebelo, os senadores Eduardo Braga, Vanessa Grazziotin e Alfredo Nascimento, o vice-governador José Melo e Miguel Capobiango, da UGP(Unidade Gestora do Projeto) Copa.

 O Jogo

Nacional e Remo empataram em 2 x 2. O time amazonense, completamente desentrosado, chegou a estar perdendo por 2 a 0, com dois gols de cabeça do zagueiro do clube do Remo Max, que fez o primeiro gol da Arena e o segundo também (32′ do 1º e 15′ do 2º).

Os dois gols do Remo saíram em jogadas de bola parada. Na primeira, cobrança de escanteio, Max saltou entre os zagueiros para fazer 1 a 0, aos 32′ do primeiro tempo. O segundo veio de uma falta feita sem qualquer necessidade, na lateral do campo, em que Negretti chegou na bola empurrando o atacante. Na cobrança, Max, novamente, escorou de cabeça e mandou no ângulo, sem chance para Jairo, aos 14′ do segundo tempo.

Para o Nacional tudo começou com Chapinha que ao se livrarde dois marcadores pela esquerda, passou para Jairo, daí para Eder e este a Jeferson Recife, que tirou do goleiro Fabiano, com uma pequena ajuda – ironia do destino – do zagueiro Max. Nacional 1 a 2 Remo.

O meia Nando, que pagou geral com os companheiros, depois de jogadas infantis que levaram a ataques perigosos do Remo, tentou cruzar uma bola na pequena área e errou o chute, daquele jeitinho das piores peladas. No momento seguinte, ao bater uma falta, chutou no vazio anel superior do estádio. A torcida passou a vaiá-lo toda vez que tocava na bola, aos gritos de “ameba” e “Qualhada” (personagem de Chico Anísio que não jogava nada). Com personalidade, ele soube esperar o momento certo e, aos 42′, acertou um “pombo sem asa”, de fora da área, no ângulo, empatando o jogo. De vilão passou a herói.