Parintins
Vista Áerea de Parintins |
Foi no ano de 1796 que a mando do governo português, José Pedro Cordovil aportou à região, denominando-a Tupinambarana. Já em 1803, é criada no local uma missão religiosa, denominada Vila Nova da Rainha.
Em 1848 o local foi elevado à condição de Vila (já então integrada ao Estado do Amazonas), chamando-se então Vila nova da Imperatriz. E finalmente, sendo em 1880 elevada ao status de cidade, e rebatizada Parintins, como até hoje é conhecida.
Festival Folclórico de Parintins
Festa popular realizada anualmente no último final de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas.
O festival é uma ópera a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido e o Boi Caprichoso.
A apresentação ocorre no Bumbódromo Inaugurado em 1988, com capacidade para 35 mil espectadores, que tem a forma de um boi, cujo a cabeça é representada pela tribuna, os chifres, pelos acessos laterais, e os contornos do animal, pela arena e arquibancadas, e que marca também os limites dos currais de Garantido e Caprichoso.
Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações.
O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura Amazonense, e é realizado desde 1965, tendo sido realizado em vários locais como: a quadra da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio da cidade chamado Tupy Cantanhede.
Até 2005 era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal mudou a data para o último fim de semana desse mesmo mês de junho.
Ritual
Conta à lenda que Mãe Catirina, grávida, deseja comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o desejo da mulher, Pai Francisco manda matar o boi de estimação do patrão. Pai Francisco é descoberto, tenta fugir, mas é preso. Para salvar o boi, um padre e um médico são chamados (o pajé, na tradição indígena) e o boi ressuscita. Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados e há uma grande comemoração.
Figuras Típicas da Festa
Apresentador
A ópera do Boi tem um apresentador oficial, que comanda todo o espetáculo. O levantador de toadas faz a trilha sonora e dá um show de interpretação, transmitindo empolgação à sua Galera (torcida).
Levantador de toadas
Todas as músicas que fazem a trilha sonora das apresentações são interpretadas pelo levantador de toadas. Trata-se de uma figura importante, já que a técnica, a força e a beleza de sua interpretação não só valem pontos como ajudam a trazer à tona a emoção dos brincantes.
Música
A música, que acompanha durante todo o tempo, é a toada, acompanhada por um grupo de mais ou menos 400 ritmistas. Os dois Bois dançam e cantam por um período de três horas, com ordem de entrada na arena alternada em cada dia. As letras das canções resgatam o passado de mitos e lendas da floresta amazônica. Muitas das toadas incluem também sons da floresta e canto de pássaros.
Amo do Boi
O Amo do Boi, com seu jeito caboclo, exalta a originalidade e a tradição do nosso folclore, fazendo soar o berrante e tirando o verso em grande estilo. É a chamada do Boi, que vem para bailar.
Sinhazinha da Fazenda
É a filha do dono da fazenda, que se apresenta com seu lindo bailado na arena, inclusive dando sal ao boi.
É a filha do dono da fazenda, que se apresenta com sue lindo bailado na arena inclusive dando sal ao boi.
Cunhã Poranga
A menina mais bela da tribo. Ela irradia toda a sua beleza natural, com seu olhar selvagem, e com seu corpo escultural emoldurado de penas. Dá um banho de charme, beleza e simpatia. Sendo um dos elementos indígenas, incorporado à festa do Boi no folclore amazônico.
Tribos
Várias tribos masculinas e femininas, com suas multe cores, compõem um cenário tribal extraordinário, com coreografias fascinantes. Os Tuxauas com fantasias com muito luxo e originalidade são um primor de beleza.
Galera
A galera (torcida) dá um show à parte. Enquanto um Boi se apresenta, sua galera participa com todo entusiasmo. Seu desempenho também é julgado. Do outro lado, a galera do contrário (adversário) não se manifesta, ficando no mais absoluto silêncio, num exemplo de cordialidade, respeito e civilidade.
Em Parintins, um torcedor jamais fala o nome do outro Boi, e usa apenas a palavra "contrário" quando quer se referir ao opositor. São proibidas vaias, palmas, gritos ou qualquer outra demonstração de expressão quando o "contrário" se apresenta.
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