27 de mai. de 2010

Bondes em Manaus

Desde o período provincial já se pensava nos benefícios que o bonde, meio de transporte coletivo, traria à população e ainda à urbanização da cidade, haja vista que ao facilitar a locomoção, estimularia a construção de edificações em áreas mais distantes.

Uma das leis mais antigas que trata da implantação dos bondes de Manaus, data de 1882 e consiste na autorização para contratação de uma empresa para instalação de um completo sistema de viação pública por meio de “carros americanos sobre trilhos - railways sobre trilhos de sistema Bourgois para carga de passageiros.”

Apesar dos esforços da administração pública voltados para a realização do empreendimento, haviam fatores que dificultavam a instalação deste benefício urbano em Manaus, aspectos topográficos e falta de interessados em custear e prover o assentamento do material, concorreram como os principais obstáculos deste período.

Somente em 1896 durante o Governo de Eduardo Ribeiro, o serviço de viação por bondes foi inaugurado em Manaus. Funcionando em caráter provisório, estava sob a responsabilidade do Engenheiro Frank Hirst Heblethwaite e contava com apenas duas linhas que tinham por fim interligar a área urbana com o subúrbio, ou seja as áreas mais distantes com o perímetro central.

Atendeu inicialmente aos limites compreendidos pela: “Estrada Epaminondas, entre a Praça Uruguayana e 5 de Setembro e entre esta praça e o Igarapé do Baptista/na estrada Epaminondas e o Cemitério São João no Alto do Mocó.“

Em 1900 os serviços estavam sob a responsabilidade da Manáos Railway Company, empresa inglesa que recebeu consideráveis auxílios para sua instalação na capital, entretanto seus serviços foram considerados precários. Deste período é válido ressaltar uma solicitação curiosa: a imprensa noticiava com freqüência que a população solicitava prolongamento do horário dos bondes até o fim dos espetáculos quando houvesse programações no Teatro Amazonas.

Em 1909 a concessão dos transportes por bondes foi entregue à empresa The Manáos Tramways and Light, que gerenciou simultaneamente os serviços elétricos do Estado. A empresa, também de origem inglesa, destacou-se com traçar uma política com posicionamento rígido voltado para a eficiência dos serviços. Seus funcionários, todos estrangeiros, seguiam normas que favoreciam ao cumprimento de quadro de horário e freqüência no número de viagens. Trabalhavam uniformizados e atendiam com cortesia aos usuários dos bondinhos.
Em janeiro de 1913, uma nota publicada no jornal demonstrou haver, realmente, uma proposta de qualidade nos serviço desenvolvidos pela O TempoManáos Tramways. A mensagem trazia a seguinte informação:

“A Manáos Tramways. .. tem a honra de avisar ao respeitável público que nas noites da véspera e dia de São João, 23 e 24 de junho, haverá bondes para todas as linhas durante todas as noites e será aumentado o número das mesmas para a linha de Flores”.

Por volta da década de 40, disputando passageiros com os bondinhos pelas vias de Manaus, passaram a circular os primeiros ônibus – confeccionados em madeira - que faziam linha para todas as áreas urbanas e suburbanas da cidade. Foi a partir desse período que a situação dos “Elétricos” começou a ficar comprometida. Em 1949 a economia de Manaus apresentava-se complemente desordenada, o fornecimento de energia era racionado, o que prejudicou instantaneamente o funcionamento dos bondes.

A Manáos Tramways, pouco a pouco foi perdendo o interesse pelos serviços de viação e em 1950 apresentou um relatório no qual alegava que os bondes eram os principais responsáveis por seus prejuízos. Em 1951 o gerenciamento dos serviços elétricos e por conseguinte o transporte por bonde, passou a ser responsabilidade do Estado. O jornal A Crítica de 1951 publicou que “os serviços elétricos do Estado são presentemente, verdadeira calamidade, nem luz, nem bonde, nem força.”

Apesar das inúmeras dificuldades, os bondinhos permaneceram atuantes por mais de 60 anos. Deixaram de trafegar em 1957 contra a vontade da população, deixando grande saudade naqueles que viam nas engrenagens da antiga companhia inglesa um eficiente e barato meio de locomoção, assim como uma alternativa a mais em termos de transporte coletivo.

Fonte: Biblioteca Virtual do Amazonas

26 de mai. de 2010

Manaus exemplo para outras sedes da Copa-2014

Pela primeira vez desde que começaram a vistoriar os estádios da Copa do Mundo de 2014, os membros do Comitê Organizador Local (COL) devem ter gostado do que viram. No dia 13/05/2010, durante visita ao Estádio Vivaldão, em Manaus, encontraram obras que, apesar de estarem ainda no início, seguem rigorosamente o cronograma apresentado e aprovado pela Fifa - fato raro entre as 12 sedes da competição.

Os tapumes em torno da futura Arena da Amazônia escondem uma rotina diária de intensas atividades que já envolvem dezenas de operários. Os trabalhos em Manaus acontecem desde a escolha da cidade como uma das sedes do Mundial, em 30 de maio do ano passado. A partir daí, o projeto e a licitação pública para construção do novo estádio foram concluídos, permitindo o início das obras no último dia 15 de abril, dentro do que desejava o COL.

Ele saíram daqui com a certeza de que o trabalho está em andamento. Visitamos o canteiro de obras, mostramos as plantas. Aqui no local, estão analisando visualmente o que verão nas plantas, porque o estádio já não mais existirá daqui a alguns meses. Um relatório será entregue pelo COL na próxima semana, mas a percepção deles foi positiva - afirmou o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Marcelo Lima Filho.

Um das principais razões para estar com os prazos em dia foi o rígido gerenciamento do projeto e, agora, dos andamentos da obra. A função foi terceirizada pelo governo do Amazonas, que contratou uma empresa especializada no assunto.

Foi criado um cronograma bem definido desde o início do projeto. Estipulamos datas-chave, com início do projeto básico logo após a escolha de Manaus como cidade-sede. Foram mais de 800 pranchas feitas em três meses. Tudo ocorreu dentro do prazo, incluindo a parte legal, referente à licitação pública. O gerenciamento de projeto e de obra foram decisivos para tudo estar em dia - explicou o arquiteto Danilo Carvalho, do Grupo Stadia, responsável pelo projeto da Arena da Amazônia.

Outra razão foi o fato de o estado ter optado por não buscar uma Parceria Público-Privada (PPP) para a construção do estádio. Apesar de ter assumido sozinho os custos das obras, estimados em R$ 499 milhões, o governo economizou tempo na busca por interessados.

Segundo o Governador Omar Aziz todas as obras estão no cronograma acertado com a Fifa. Estamos cumprindo o caderno de intenções acertado lá atrás. Se até agora as obras (de demolição) não começaram na arena esportiva, é porque falta um documento para a Fifa assinar. O BNDES só libera esses recursos se a Fifa assinar. Na semana passada, conversei com o Dr. Ricardo Teixeira (presidente da CBF) e ele ficou entrar em contato com a Fifa. Mas tive informações ontem de que as coisas já avançaram muito.

Fonte: manauscopa2014.com


Amazonas dá a largada para construção da Arena da Amazônia

O Governo do Amazonas sai na frente e dá inicio às obras de construção da Arena da Amazônia, na qual serão realizados os jogos da Copa 2014, no local onde hoje está localizado o Estádio Vivaldo Lima.

Eduardo Braga governador na época lançou, no dia 19/04/10, a pedra fundamental do empreendimento, estimado em R$ 499 milhões, cujas obras que devem gerar cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos.

No mesmo dia foi iniciada a etapa de desmobilização do Vivaldo Lima, com a retirada do placar eletrônico e colocação dos tapumes da obra.

Na oportunidade o Eduardo Braga fez o descerramento da placa alusiva ao lançamento da pedra fundamental da Arena, na companhia de Omar Aziz, (vice-governador neste período e atual Governador) de parlamentares e secretários do Governo.

Emocionado, Braga lembrou a longa jornada pela conquista da indicação de Manaus como sub-sede dos jogos da Copa 2014, que envolveu agentes do Governo em Manaus, Brasília e no exterior. "Hoje o Amazonas é o primeiro estado a dar início efetivamente ao projeto Copa 2014".

O Eduardo Braga agradeceu a todos os técnicos, secretários e colaboradores que contribuíram para que o projeto que incluía Manaus no roteiro das cidades-sedes da Fifa fosse concretizado.

Braga destacou a participação do ex-secretário de Estado de Planejamento Denis Minev, que o auxiliou na formação de um "time poderoso" na elaboração e execução do projeto.

A Seplan obteve no dia 5 de março de 2010 a Licença de Instalação emitida pelo Instituto do Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para as obras da Arena da Amazônia.

O Estudo Ambiental Simplificado (EAS) que ambasou a concessão da Licença de Instalação foi elaborado pelo Instituto de Inteligência Socioambiental Estratégica da Amazônia (I-Piatam).

O estudo prevê medidas mitigadoras para preservar a cobertura vegetal, conter os processos erosivos e evitar o aterramento de curso de águas.

O estudo está dividido em três fases: a primeira compreende o diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico das áreas de influência direta do empreendimento.

Para realizar este trabalho, uma equipe multidisciplinar,composta por cerca de 20 pesquisadores, esteve em campo, investigando: a qualidade dos recursos hídricos existentes, a realidade socioeconômica da região, o patrimônio histórico, paisagístico e arqueológico da área de influência do empreendimento.

A última fase do estudo compreende os programas de controle e monitoramento ambiental, propostos com a finalidade de potencializar os impactos positivos, minimizar os negativos e compensar aqueles impactos considerados irreversíveis. Foram propostos nove programas, entre eles o de Educação Ambiental; Gestão, Controle e Monitoramento de Efluentes Líquidos e o de Gestão de Resíduos da Obra e de Construção Civil.

Fonte: www.manauscopa2014.com

13 de mai. de 2010

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é uma invocação especial pela qual é conhecida a Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.

As aparições

Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridade em Paris, França, no século XIX.

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz (veste litúrgica). Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:

"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Então a visão modificou-se e Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

A invocação à Virgem das Graças

A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez revelada ao mundo, em 1858 ratificada em Lurdes, e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho. Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira imaculada.

Simbolismo da Medalha Milagrosa

A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.

Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.

As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Stella Maris.

O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.



A Av. Eduardo Ribeiro

Manaus no período republicano, não tinha avenidas largas; a maior parte de suas ruas eram estreitas e acidentadas. A Rua Municipal, atualmente a Av. Sete de Setembro, era uma das vias mais importantes da capital Amazonense, talvez a mais extensa, mas tinha várias inconvenientes, era estreita, ondulada e cortada por vários igarapés.

O Governador Eduardo Gonçalves Ribeiro, nos primeiros anos de sua administração procurou-se dotar a cidade com nova feição e, nesse sentido, foram tomadas algumas providências com o intuito de melhorar o trânsito e embelezar as vias públicas. Assim, em 1892, autorizou o aterro de alguns igarapés, incluindo o do Espírito Santo, que ocupava um espaço destacado no plano de embelezamento da cidade, planejado por Eduardo Ribeiro, pois dependia desta obra o prolongamento da Rua Comendador Clementino, que na época da construção do Palácio do Governo do Amazonas é citada com freqüência nos relatos como Avenida do Palácio a atual Av. Eduardo Ribeiro.

Segundo o diretor de Obras Públicas, da época Sr. Armênio de Figueiredo, em junho de 1893, afirmou que a mesma teria trinta metros de largura e mil e sessenta de comprimento e se estendia entre a nova rampa e a fachada do novo Palácio, e transformaria as péssimas condições de trânsito naquela época.


Palacio do Governo do Amazonas
No traçado original da Avenida, ela passaria por debaixo do Palácio do Governo do Amazonas (hoje IEA) até os limites urbanos da cidade no Boulevard Amazonas.
Segundo o professor e historiador Rogel Samuel: “... observando bem se vê em primeiro plano os fortes muros de contenção que foram construídos e que existem até hoje como o que hoje aparece na Rua Simão Bolívar e serviriam para conter o arrimo do Palácio do Governo, a maior obra de Eduardo Ribeiro, maior do que o Teatro Amazonas. O Palácio nunca foi finalizado, e sobre suas fundações Álvaro Maia construiu a escola normal tal como existe até hoje. Os muros estão lá, para confirmar. O Palácio seria se construído,A MAIOR CONSTRUÇÃO DO BRASIL de sua época!”

Em junho de 1893, o governador desapropriou vários terrenos daquela rua, justificando que com este ato, estava transformando-a assim em uma Avenida de um belo aspecto. Em junho de 1894, o governador Eduardo Ribeiro previa que as obras da Avenida do Palácio estariam concluídas até os dois últimos meses daquele ano; no entanto, em 1º de março de 1896, o governador lamentava que o serviço de aterro do igarapé onde deveria prolongar-se a referida avenida não tinha progredido tanto quanto se esperava, contudo esperava que dentro de noventa dias a obra estivesse concluída.

Apesar de todos os esforços empregados, é provável que esta obra não estivesse totalmente concluída até 1899, conforme uma fotografia de Arturo Luciane publicada em um álbum editado naquele ano; pode ser que estivesse concluído o aterro do igarapé, mas a avenida mantinha-se em obras, seu calçamento em paralelepípedo iniciava a partir do encontro com a rua Municipal (atual av. Sete de Setembro) e aparentava regularidade até o topo da avenida, onde se erguia a construção do palácio.




Materia solicitada por: Luiz haddad



5 de mai. de 2010

A Praça da Saudade



A atual Praça da Saudade inicialmente conhecida como Largo da Saudade no bairro de São José (hoje Nossa Senhora Aparecida) e que tinha seus limites desde o antigo cemitério de São José, localizado onde atualmente é a sede do Atlético Rio Negro Clube, indo até o Instituto de Educação do Amazonas (IEA). Foi inaugurada em 1865, mas somente em 1897 e que passou à denominação de praça.

A sua criação só foi possível quando o cemitério de São José foi construído e cercado em 1859, na época do governo provincial do Presidente Francisco José Furtado. Sendo proposto pela Câmara Municipal a construção de uma praça no local que não passava de um largo com pouca arborização.



A construção do monumento em homenagem a Tenreiro Aranha, foi proposto pelo vereador Silvério Nery, em 11 de maio de 1883, sendo presidente da província, José Lustosa da Cunha Paranaguá.


A partir 1932, é que a praça veio adquirir corpo e forma, na gestão de Emmanuel Morais com a construção de jardins e passarelas. O cemitério de São José neste período já havia sido fechado e após o desmonte, os restos mortais que haviam no local foram transferidos para o novo cemitério de São João.

Em 1938 houve mudanças no traçado original da praça, modificado e renovando os canteiros com a colocação de vegetação exótica. As estátuas de bronze que representam o homem primitivo e homem moderno só foram colocadas em 1963.

O nome antigo era Praça 5 de Setembro que foi constituído em homenagem a data da Elevação do Amazonas à categoria de Província, também uma homenagem a Tenreiro Aranha que lutou pela emancipação do Estado do Amazonas do Grão-Pará.

Na verdade, o nome oficial da época "5 de Setembro", nunca se tornou popular, pois, mesmo estando inscrito na placa da estátua de Tenreiro Aranha, os manauaras a conheciam apenas por Praça da Saudade.


A Praça da Saudade, já teve outras denominações como: Praça 5 de setembro, Praça Washington Luis e Praça Getulio Vargas. A última mudança do nome oficialmente deu-se pela Lei municipal nº 343/1996, passando de Praça 5 de setembro para chamar-se Praça da Saudade.



No dia 30 de abril de 2010 a Praça da Saudade foi reinaugurada pelo então prefeito Amazonino Mendes. A restauração começou na administração do Prefeito Serafim Correa. O local passou por ampla reforma. Espaços históricos foram recuperados, constituindo atualmente uma das mais belas praças de Manaus.